Contos do velho mundo
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Hartemis - Caern, O abraço da Mãe

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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 4:31 pm


O amanhecer  era preenchido com os sons das inúmeras aves que faziam seus ninhos na grande arvore no centro do Caern. Hartemis ja começava a se acostumar com a vida mais "selvagem", as poucas casas construidas para se mesclarem a vegetação... muitas vezes usando arvores como pontos de sustentação. Os poucos talheres e utensílios metálicos haviam sido trocados por couro e peles com pessoas de Darkan. Sussurro-da-tempestade tinha uma política muito rígida sobre evitar qualquer impacto desnecessário ao ambiente, ele era um pouco mais leniente com aqueles que haviam crescido entre os homens.

Mesmo aqueles que não concordavam com a atitude tinham que admitir, a região era pura e tranquila. A sensação que Hartemis sentiu quando chegou no vale foi que um peso havia sido removido de suas costas, a pelicula no vale era tão baixa quando a em outros Caerns¹ que ela havia visitado. O ar vivo e cheio de energia preenchia os pulmões, as arvores cresciam frondosas e seus frutos eram robustos e saboroso, o rio de uma agua cristalina e fria vertia diretamente dos seios da terra.

A cama modesta feita de palha e peles, não era uma das mais confortáveis mas servia o seu propósito. Apesar de dividirem a cabana, Passo-sem-sombra e Korn, Rasga-peles, preferiam dormir na clareira a sombra da arvore. Na pequena sala sentado a mesa, Morin resmungava enquanto esculpia algo em um pequeno pedaço de madeira, ela achou melhor não incomoda-lo.
Ela sentiu o característico cheiro de sangue, la fora Korn arrastava um cervo para dentro do Caern. O próprio Korn ja havia colocado o cervo sobre uma mesa de madeira onde tratavam as carnes, Hartemis aguardou até ser a vez dela escolher o seu pedaço, aqueles de posto elevado escolhiam primeiro, como manda a tradição. A maior parte era destinada ao proprio Caern, para ser defumada ou salgada, precaução pelo inverno. Sempre que conseguia ela e alguns outros davam preferência para comer a carne fresca, o que acontecia com uma frequência agradável, a caça na região era abundante.

Quando ela terminava de comer pode notar Amanhecer-verdejante* se aproximando. Ela era uma das Arhouns do Caern, uma Fiana. Seu corpo era marcado por batalhas vencidas, marcas de uma grande guerreira. Ela esperou Hartemis terminar de comer antes de começar a falar.

-- Hartemis, Sussurro-da-Tempestade determinou que você iria me acompanhar durante a guarda da divisa. Avise seu companheiros, passaremos quinze noites fora. Leve o que achar necessario, se precisar de algo fale com Arthur para que ele lhe ajude. Partiremos ao por do sol. Entendido?

Amanhecer-Verdejante era uma mulher imponente, apesar de ser mais baixa que Hartemis, sempre mantendo o contato visual com Hartemis. Ela também não parecia ser de muitas palavras, não que isso incomodasse, era compreensível para alguém criado por lupinos. Incomum era ela fazendo rondas na divisa, era a primeira vez desde que Hartemis havia chegado que isso acontecia.

Amanhecer-Verdejante
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fraice

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 4:56 pm

Hartemis limpava os dedos usando sua língua/boca. A carne estava deliciosamente saborosa ao seu paladar. "Como sempre, não há nada melhor que um bom pedaço", pensou ela enquanto terminava a sua "higiene".

Percebendo a aproximação de Amanhecer-verdejante, Hartemis pôs-se a levantar.

-- Hmm.. Entendido. Mas... Apenas nós?

Respondeu transpassando sua inocente dúvida sem qualquer menção de insubordinação à ordem. Seu olhar também era direto aos dela.
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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 5:10 pm


--Sim, a proteção da divisa é realizada em duplas - Explicava Amanhecer-Verdejante, como ensinando um filhote a andar. -- Varias duplas fazem a patrulha ao mesmo tempo, é claro que elas saem do caern em momentos diferentes. Vamos patrulhar a região a leste, proximo a cachoeira, evite trazer muito peso, vamos andar bastante. Mais alguma duvida?


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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 5:25 pm

-- Não.

Respondeu enfim após a compreenção da explicação clara de amanhecer-verdejante. Nos seus lábios havia um discreto riso de canto de boca, reação de seu imaginário de que alguma ação tivesse por vir.

-- Vou preparar minhas coisas.

Diante disto, Hartemis acena de forma singela à sua "futura parceira de guarda" fazendo seu caminho em busca de suas coisas. Não via problemas em confrontar usando apenas suas mãos, mas horas até mesmo uma pequena lâmina com certeza faria uma boa diferença. Ao menos em seu estado humanoide.

Ela espriguiça seu corpo, seguindo em direção à alguém que estivesse próximo à ela.

-- Quem aqui é Arthur?

{sdds etiqueta. :v... toda grossa.. Detalhe, eu não perguntei pra ela... *idiota*}
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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 6:38 pm

Korn, o Galliard da matilha de Hartemis, passou proximo a ela. Uma troca de olhares, baixos grunidos, a posiçao das orelhas, todo o conjunto de detalhes corporais que compunham a linguagem dos garous. Nesse caso ele dizia para ela *Me siga*.


Korn, Rasga-Peles, Galliard, Fiana, Cliath.
Hartemis - Caern, O abraço da Mãe Wolf-01


Eles caminham durante alguns minutos, era possivel perceber uma trilha por entre as arvores. Ao fim da trilha uma cabana maior que o normal, a porta tinha pelo menos uma lança de altura {algo entorno de 3,50 m}. Korn parou alguns metros antes, *Arthur vive aqui, te vejo mais tarde*, ele partiu sem esperar respostas, era obrigação dele cuidar da conservação da carne e da limpeza da cozinha.

Hartemis - Caern, O abraço da Mãe House_in_the_forest_by_melora-d78qubx

Hartemis chamou por Arthur, uma voz rouca e grossa a respondeu, a voz vinha do outro lado da cabana.
--- Aqui do outro lado, estou fazendo uma corda.

Ela caminhou ao redor da cabana, avistou primeiro a corda presa a uma arvore, na outra extremidade um homem mais alto que uma lança trançava algum tipo de material vegetal em uma corda. Os braços dele eram tão grossos quanto o troco de algumas arvores, porem seus dedos se moviam de forma ágil trançando a corda. Seus cabelos negros e longos eram mantidos trançados com as pontas presas por anéis de madeira. Seu sorriso era gentil e aconchegante.

--- Diga jovem Hartemis, em que lhe posso ser util?

{ele não esta gritando, a voz dele que é alta}

Arthur
Hartemis - Caern, O abraço da Mãe F06e5a75089135012e03030ae34ac327

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 7:08 pm

Hartemis segiu o caminho no qual o lobo lhe mostrava. Ao fim, num gesto simples, ela acenou inclinando a cabeça levemente, demonstrando agradecimento pelo tal. Virou-se para a casa. À primeira vista? Aconchegante.

Após sua resposta, ela seguiu para onde viera o som da voz de Arthur, ajudado pela indicação do mesmo.

-- Olá Arthur. Me disseram que poderia me ajudar com alguns utensílios para minha ronda que pretendo fazer.

Ela olhou em volta como se buscasse uma maneira de entender como as coisas funcionavam, só estranhando o fato dele já saber o nome dela. Ela não sabia se ela estava conseguindo conter {consertei} o quanto ela tava impressionada com a conjuntura do mesmo. "Ele é um gorila?", pensou ela buscando alguma reposta para o que acabara de ver.

-- Preciso... de alguma arma, cantil, óleo...e... coisas do tipo. Como faço? Precisa de algo em troca para me fornecer?

Perguntou enfim num tom vacilante.

{Oloko, o cara saber demais, como ele sabe o nome dela? | Óleo para acender tochas, fogueiras, ou coisas afins. }


Última edição por Manuxa em Dom Abr 17, 2016 8:39 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 8:13 pm

O homem parou de trançar a corda e caminhou em direção a um grande tronco cortado como um banco. Ele pegou uma sacola de viagem que estava em um toco de madeira e entregou a Hartemis.

--- Nessa sacola tem o básico que você deve precisar na patrulha da divisa. Quanto a armas você precisa de alguma coisa em específico?

Com uma rápida olhada no conteúdo da sacola Hartemis pôde ver uma pederneira, algumas rações de viagem, uma faça, um cantil feito de couro e um pouco de corda enrolada.

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 8:46 pm

Hartemis segurou a sacola, olhando logo em seguida o seu conteúdo.

-- Uma adaga e um machado.

Respondeu ela ainda terminando de conferir o que havia na sacola, fechando-a logo em seguida.

-- Se não puder os dois, ao menos um desses. Se tiver, claro.


Última edição por Manuxa em Dom Abr 17, 2016 8:55 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 8:55 pm

--- So um momento, acredito que temos algo que possa lhe ser útil. - Ele levantou e entrou na cabana, era possível ouvir barulho de caixas serem movidas e metal batendo em metal. Alguns minutos depois retornou com um machado de batalha em mãos que ele entregou a Hartemis.

--- Por favor, aquilo que você não utilizar traga de volta. Dessa forma os recursos podem ser utilizados por outros. Quanto a adaga eu acredito que a sacola tem uma faca dentro dela. .

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 9:06 pm

Esperei onde estava aguardando-o voltar. Em sua volta, assim que peguei o machado, o testei em peso e em alguns movimentos simples.

-- Vai me servir bem.

Respondi terminando de dar os primeiros testes na mesma.

-- Oh! - Exclamou um tanto sem graça diante a sua falta de atenção, dando uma segunda olhada ao conteudo da sacola - Por Gaia! Desculpe. Não a vi aqui dentro.

Ela fechou a sacola pendurando-a no corpo, enquanto que o machado mantinha ainda em mãos, por enquanto.

-- Agradeço pelos utensílios, Arthur. Em alguns dias eu estarei de volta e trarei os itens.

A mesma movimentação de cabeça em agradecimento ela fez, já pondo-se a partir.
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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 9:46 pm

Era um machado simples,  porém bem cuidado,  o peso era agradável. Após um aceno com a cabeça ela retornou para o local onde ficavam as cabanas. Ainda tinha que avisar seus companheiros de matilha sobre a partida para patrulhar a divisa.
No caminho de volta conseguiu avistar Korn brincando com os filhotes dele na colina.  Corriam,  fingiam lutar,  rolavam na grama,  distraídos do mundo a sua volta. Com um breve sinal indicou a Korn que a encontrasse na cabana e seguiu para lá.

Na cabana Morin e Passo-Sem-Sombra conversavam  sobre uma possível viagem a Darkan. Hartemis sabia que uma menina da vila tinha dado a luz a um filho que Morin acreditava ser dele.
{Morin é um hominídeo, ragabashi, cerca de 17 anos de idade. Passo-Sem-Sombra é um Teurge, lupino}

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 10:05 pm

-- Pretendem ir a Darkan quando?

Falou Hartemis adentrando na cabana, após ouvir parcialmente a conversa dos dois. Ela não demorou a buscar um local para sentar. Queria fazer alguma espécie de amarra para segurar o machado em si.
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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 10:28 pm

--Passo falou que deve chover em não mais de uma semana. - Morin tentava explicar a lógica por trás de sua viagem. - Portanto eu queria levar um pouco de carne para a Vera e isso para o Tomás. - Ele mostrou um lobo esculpido na madeira, muito parecido com o próprio Morin por sinal. Era isso que ele vinha trabalhando nos últimos dias. - Por motivos óbvios queria fazer isso antes das chuvas.

Morin não era o único do Caern a ter família ou alguém na vila próxima, mas era o mais jovem deles com certeza. Hartemis o orientou a pedir permissão ao líder do Caern, Sussuro-da-Tempestade era duro porém bondoso, se essa visita não trouxesse riscos para o Caern ele teria permissão para fazer sua visita.

Korn chegou quando ela terminava de explicar como Morin deveria agir. Agora todos estavam reunidos.

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 10:40 pm

Deu uma pequena pausa quando seu olhar se encontrou com o pequeno brinquedo às mãos de Morin. Ela sorriu com o afeto dele à criança. Assim continuou a trapalhar numa maneira de prender o machado nela mesma. Ao terminar, levantou-se testando com alguns pulos e movimentos. Em paralelo, mantinha a conversa, orientando-o sobre a questão da visita dele. Fora tempo suficiente até notar Korn chegar.

-- Eu devo partir logo. Mais precisamente ao por-do-sol.

Iniciou ela a conversa que queria ter com todos reunidos ali. Ela era objetiva nas palavras. As vezes parecia rude, mas sem intenção, ao menos naquele momento. Levantou-se, encostando-se na parede, cruzando os braços sobre si.

-- Irei acompanhar Amanhecer-verdejante na ronda, fazendo a guarda da divisa. Devo voltar em 2 semanas.

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Mensagem por fraice Dom Abr 17, 2016 11:30 pm

O machado poderia ser carregado no cinto sem muito problemas, porem para correr e pular ele não estaria fixo o suficiente. A outra opção seria carrega-lo na sacola.

-- Otima noticia.- exclamou Passo-Sem-Sombra. - Fico feliz com nossa matilha participando mais ativamente das responsabilidades do Caern.

-- Por que Amanhecer-Verdejante vai fazer patrulha? - Morin parecia confuso. - Não faz sentido... A não ser que o Sussurro queria que alguém experiente acompanhasse você... é faz mais sentido dessa forma.

Korn fez que sim com a cabeça as afirmações de Morin. *Boa sorte*

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Mensagem por Manuxa Dom Abr 17, 2016 11:44 pm

-- É... Boa notícia mesmo.

Hartemis deu nos ombros. Ela via o sentido naquilo, mas não a necessidade. Alguém que conhecesse os limites seria mais que o suficiente, para ela.

-- Alguma outra finalidade? Ou apenas isso?

Perguntoun ela com o olhar voltado para Korn.

-- Alias deixa queto. Eu mesma pergunto para ela quando a hora chegar.

Disse ela enfim.
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Mensagem por fraice Ter Abr 19, 2016 10:54 pm

Hartemis passou o resto da tarde descansando, a caminhada seria longa e cansativa. Antes do anoitecer ela se dirigiu para o centro do Caern. Amanhecer-Verdejante chegou alguns minutos depois, ela trajava roupas couro, roupas que ja demonstravam um certo grau de desgaste. Seu cabelo arrumado em uma única trança, em sua cintura a cimitarra. Hartemis achou estranho, ela não carregava nada alem de sua arma.

-- Nos caminharemos para o sul até o carvalho partido, de la seguiremos oeste. - Hartemis observava enquanto Amanhecer-Verdejante rabiscava o plano de ação na terra. - Deveremos atingir o carvalho antes da lua atingir seu ponto mais alto, andaremos a uma certa distancia uma da outra para evitar emboscadas. Alguma duvida?

Hartemis teve dificuldade de compreender o plano, não conseguia entender o pq de andarem separadas. {faça um teste de Inteligencia+sobrevivencia}.

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Mensagem por Manuxa Ter Abr 19, 2016 11:17 pm

Hartemis se despediu de seus companheiros, pois a hora havia chegado. Estava bem e bastante tranquila. Tinha noção que poderia ser cansativo, mas não tirava a animação dela, pois tinha esperança de alguma ação. Ao encontrar Anmanhecer-verdejante, estranhou o fato de não ve-la com nenhum mantimento, apenas sua arma. "Seria alguma espécie de afronta, só por ser mais experiente?", indagou consigo mesma. Manteve o pensamento pra si. Veria o que seria aquilo em breve.

Parou para escuta-la e acompanhar os traços de seus desenhos ao chão. Sua descrição tava de deficil compreenção para ela. Não conhecia a área tão bem quando de sua terra natal.
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Mensagem por Admin Ter Abr 19, 2016 11:17 pm

O membro 'Manuxa' realizou a seguinte ação: Lançar dados


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Mensagem por fraice Ter Abr 19, 2016 11:35 pm

O plano era complexo, mas Hartemis era uma Furia Negra, uma Ahroun, lider da sua propria matilha. Os outros esperavam resultados dela. Ela se concentrou na explicação de Amanhecer-Verdejante, no desenho. Seguir sul até Carvalho, depois seguir na direção onde Helios vai dormir. Hartemis se sentiu orgulhosa de si mesmo. Era capaz de qualquer coisa, com certeza nenhum cria de fenris seria capaz de tal feito.

Amanhecer-Verdejante olhava sem entender para a Furia Negra, porque ela parecia tão concentrada. Amanhecer quebrou o silencio que se assentará na conversa.

-- Alguma duvida?

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Mensagem por Manuxa Ter Abr 19, 2016 11:45 pm

Sua atenção foi chamada pra Amanhecer quando ouviu sua voz.

-- Em relação ao plano, não.

Respondeu ela enfim. Desfez o sorriso que tinha nos lábios e postou-se séria.

-- Mas tenho outras. Tudo bem que não estou aqui há mais tempo, mas é raro ve-la ir à uma patrulha.

Fora uma afirmação no qual uma das dúvidas já estava inclusa. Assim, Hartemis parou um pouco, tentando escolher as palavras certas pra não parecer uma tola diante de sua outra dúvida.

-- Porque Sussuro escolheu nós?
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Mensagem por fraice Qua Abr 20, 2016 12:26 am

-- Podemos conversar sobre isso no caminho.

As duas garous começaram a caminhar floresta a dentro. A lua cheia iluminava seu caminho dentro da floresta. As florestas da região transbordavam de vida, pequenos animais corriam por todo o lado, insetos e pássaros disputavam espaço pela sobrevivência. Ao chegarem a um grande carvalho partido em dois que se mantinha vivo. Próximo as suas raízes um pequeno córrego seguia na direção sul. Amanhecer-verdejante decidiu que elas iriam parar e beber um pouco de agua e descansar.

--Então, é verdade que eu não faço patrulhas normalmente.- Finalmente Amanhecer resolver falar algo, a caminhada havia demorado a passar. - Porém Sussuro-da-Tempestade determina que sempre que um filhote vai em sua primeira patrulha ele deve ser acompanhado por alguém de nossa matilha, como você tem um problema em se relacionar com os machos, além do fato de ser uma Ahroun, ficou decido que você seria acompanhada por mim. Caso você considere isso um problema deverá falar com ele quando voltarmos.

Ela bebeu um pouco de agua do córrego usando uma vasilha de madeira que estava escondida entre as raízes do carvalho. Hartemis também bebeu, aproveitou para encher o cantil antes de partirem para oeste.

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Mensagem por Manuxa Qua Abr 20, 2016 12:59 am

-- Nâo vejo isso um problema. Só fiquei curiosa diante as regras do local.

Disse ela por fim. Interessante para ela como Sussurro se preocupou com detalhes. Procurou descansar e observar a área ao redor. Quis conhecer as características do local. Gostava de como as coisas estavam, naturalmente bem. Exceto por 1 fato...

-- O que houve com este carvalho?

Perguntou terminando de enxer o cantil.
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Mensagem por fraice Qua Abr 20, 2016 2:05 am

-- Eu te conto quando a gente acampar, a historia é um pouco longa.

Elas seguiram viagem rumo a oeste. A vegetação continuava densa nessa região, durante  parte do caminho Amanhecer mudou para a forma de lobo, isso a permitiu abater duas lebres que Hartemis ficou responsável por carregar, junto com madeira e outras coisas coletadas no caminho. Depois de algumas horas de caminhada com Amanhecer se distanciando periodicamente, elas chegaram a uma clareira.  

Existia naquela clareira sinais uma fogueira usada com certa frequência, porem estava apagada e fria, uma grande pedra ocupava o centro da clareira, Amanhecer explicou que a pedra seria útil para proteger o fogo e elas do vento. Elas montaram acampamento, gravetos e pequenos pedaços de madeira foram colocados na fogueira, usando a pederneira que Hartemis havia trazido o fogo foi aceso. Amanhecer agradeceu ao espírito do fogo por garantir que elas tivessem um descanso agradável e por permitir que elas se aquecessem.

Passados os momentos triviais de preparação de comida e limpeza do local, as duas mulheres sentaram-se em volta do fogo. E como mandam as tradições historias deveriam ser contadas, pois assim os ancestrais se orgulhariam de nós. Além de agradar os espíritos do fogo, todos sabem que espíritos de fogueiras adoram uma historia ou uma fofoca quente.

--Logo quando os garous chegaram a região do vale, a muitos anos no passado. - Amanhecer tentava contar a historia da melhor forma possível, lembrar dessas antigas historias era complicado, malditos Galliards mal podia prever seus movimentos. - Um jovem Ahroun era responsável por proteger o recém criado Caern, naquela época a floresta era mais selvagem, preenchida de criaturas e espíritos estranhos. Durante uma das patrulhas ele avistou uma jovem de pele alva como a neve, seus longos cabelos negros era tudo que impedia que seu corpo fosse explorado por olhos famintos. Ele tentou aproximar-se dela porem por mais que corresse nunca conseguia alcança-la, sua busca sempre terminava quando a luz do sol tocava seu rosto ao amanhecer e a jovem desaparecia.

A cada noite ela aparecia mais cedo, mas sempre desaparecia ao amanhecer. O jovem estava  cada vez mais perto de alcançar a mulher, ela ocupava seus pensamentos durante a noite e seus sonhos durante o dia. Foi então que a mulher ao sol se por no horizonte surgiu diante dos olhos do Ahroun, ele a perseguiu durante horas. Quando a lua cheia daquela noite atingiu seu ponto mais alto ele finalmente a tinha alcançado, ela estava sentada em um dos troncos do velho carvalho, seus corpos se envolveram em um abraço selvagem, aos olhos do garou ela era tudo que existia, ele havia nascido para servi-la.

Porem no fundo da mente do garou algo gritava que aquilo estava errado. Então pela primeira vez nas ultimas semanas ele moveu seu olhar da mulher, seus olhos encontraram a face de Luna que rugia em raiva por ver um dos seus escolhidos sucumbir. A raiva de Luna ecoou na mente do garou, o sangue em seu corpo ferveu com a fúria e sua mente se tornou clara novamente. Ele pôde ver a verdadeira forma da mulher, uma serpente de escamas negras que envolvia seu corpo em um abraço mortal contra o tronco do carvalho.

A serpente já se regozijava no prazer de devorar mais um garou, porem seus olhos se encontraram por um ultimo momento, neles ela vislumbrou a face não de uma presa derrotada e sim de um guerreiro de gaia. Pela primeira vez a serpente sentiu medo, ela era a presa. O Ahroun reunindo toda a força de seu corpo começou a dilacerar a serpente. Diante da morte certa a serpente reuniu toda a energia que tinha e convocou um raio tão poderoso que destruiria o garou junto com ela.

O raio atingiu o carvalho, a serpente foi dilacerada e o garou desapareceu. O carvalho que deveria ser sido destruído, foi rachado ao meio mas continuou vivo. A área onde o garou lutou com a serpente e que deveria estar maculada pela energia maligna foi purificada pelo sangue do garou e lá brotou uma nascente de agua cristalina.

Desde então toda patrulha é feita por dois garous e tem inicio ao por do sol e chega ao carvalho antes da lua esta no seu ponto mais alto no céu. Lá bebemos agua e assim lembramos de estar sempre atentos para os perigos da corruptora.

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Mensagem por Manuxa Qua Abr 20, 2016 3:01 pm

-- Se assim preferir, por mim tudo bem.

Respondeu Hartemis pacientemente. Ela gostava de histórias, principalmente das que ouvia em sua terra natal. Então, vale muito mais parar de dar atenção expressamente à mesma. Ai sim valia a pena.

Chegado ao destino parcial, Hartemis ajudou nas tarefas triviais do acampamento. Juntamente com Amanhecer, agradeceu pela chama que as aqueceria durante o frio da noite. Encostou-se e acomodou-se. Fora então que começara a ouvir a história. Sua atenção focou nela, ou melhor, em cada palavra saida de sua boca. O som da mesma a fazia imergir em seus pensamentos, ilustrando em sua mente toda a história até então contada. Seu olhar parecia tão inerte, que a chama creptava e seu brilho refletia em sua íris, resultando numa cor flavescente.

A garota também nem se tocava que a cada parte da história ela reagia de alguma maneira, sua própria face a traia expressando sentimentos de cada instante em que a história transmitia. Por fim, podia se notar uma compreensão em seu rosto.

-- Agradeço pela história.

Disse ela por fim, após "acordar" do transe em que a história lhe provocara.

-- Entendo agora importância, um cuidando da outra.

Respondeu ela, renovando o que sua mãe já falara, sobre as inúmeras maneiras de como podemos ela pode nos corromper.
Manuxa
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Hartemis - Caern, O abraço da Mãe Empty Re: Hartemis - Caern, O abraço da Mãe

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